Acusado de envolvimento na morte de advogado é julgado em Belo Horizonte – ABSOLVIDO

Luis Henrique Nascimento Vale, conhecido como Totó, acusado de envolvimento na morte do advogado Jayme Eulálio de Oliveira, em outubro de 2013, está sendo julgado nesta quarta-feira (28), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Ele foi considerado pela Polícia Civil o homem mais procurado de Minas Gerais.

Durante o julgamento, o réu negou envolvimento com o crime e disse não saber quem matou o advogado. “Jayme, além de ser meu advogado, era meu amigo particular. (….) Eu sou inocente”, disse.

A defesa do acusado Douglas Miranda Martins alegou problemas de saúde e ele não será julgado nesta quarta.

Jayme foi morto quando chegava em casa, no bairro Castelo, na Região da Pampulha, na capital mineira. Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), ele era advogado da quadrilha dos acusados de matá-lo.

Jayme teria cobrado R$ 100 mil para defender o grupo, sendo que uma parte desse valor seria usada como propina para suspender uma investigação contra eles, mas ele não conseguiu impedir a prisão. Por isso, o jurista teria sido assassinado.

O advogado Fernando Magalhães, que defende Luis Henrique, diz acreditar na inocência do cliente.

“Não existe uma ligação telefônica, não existe um relacionamento mais próximo que se possa dizer que lá Luis Henrique estava, não existe nada nos autos que ligue o fato que teria relacionado diretamente à morte do doutor Jayme, que seria uma propina ou alguma coisa assim, e a prisão daqueles envolvidos naquela propina também não tem nenhuma ligação com Luiz Henrique. Então, se ele já estava fora na origem e os outros foram absolvidos, eu realmente acredito, já acreditava piamente na inocência, e agora acredito na absolvição”, disse.

Antes do crime, o réu era defendido pela vítima. “Inclusive foi o doutor Jayme que tinha o absolvido de alguns processos e o tinha tirado recentemente do cárcere”, afirmou. Segundo Magalhães, Luis Henrique tinha admiração pelo advogado e esteve presente no velório.

Esse é o terceiro julgamento referente ao caso. Dois homens foram absolvidos em audiência em maio de 2018. Já em outubro do ano passado, uma mulher também foi inocentada. Um outro acusado, David Rafael de Oliveria, teve o julgamento desmembrado e adiado.

O júri havia sido marcado para junho deste ano, mas com a ausência de comparecimento das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa foi adiado para esta quarta.